terça-feira, 10 de junho de 2014

Se depender da infraestrutura do Hospital São José para viver , o paciente morre.

Na sessão da Câmara da última terça feira, 3/6, a vereadora Lúcia Stoco fez uso da palavra, em explicação pessoal, para elogiar o trabalho que vem fazendo o vice-presidente da Casa, vereador Ido, que de fato é merecedor. Ido questiona três licitações, duas, na sua opinião, por superfaturamento, e uma que ele considera desnecessária, por se tratar da aquisição de roçadeiras para a Secretaria de Saúde, quando existe empresas contratadas para a realização de serviços de roçadas nos prédios públicos municipais.
                Esta aquisição, aparentemente desnecessária, mexeu com a sensibilidade da vereadora que, no quarto mandato, conhece de perto o drama de quem depende  da saúde pública do município. Recentemente ela viveu na pele da sua família este drama. Uma prima da vereadora precisou de sangue para não perder a vida e o Hospital São José não tinha para socorrê-la, por inexistência de um banco de sangue. Da teoria que “em boca fechada não entra mosca”, a vereadora não resistiu e soltou a língua.
                Disse que com o dinheiro que vai ser gasto com a aquisição de roçadeiras  desnecessárias, a Secretaria deveria construir um banco de sangue. Comentou o drama sofrido pela sua prima e encerrou a fala. Pessoalmente, explicou que o hospital que mencionou é o São José, mas pediu para não escrever a respeito, porque o diretor do hospital chegou a mostrar até o local onde deve ser construído um banco de sangue. A vereadora só não se tocou que ele já dirigiu este hospital e não construiu.
                Especialista em fazer política para se dar bem (ler matéria no final deste blog), este cidadão, por onde passou, não deixou nada de bom. Apenas sugou o néctar do poder e quando diretor do referido hospital ainda se envolveu em gestão fraudulenta de convênios e acabou condenado pelo Tribunal de Contas do Estado a devolver dinheiro, virando “Ficha Suja”, argumento que Setim usou para se defender das pressões do promotor público Divonzir Borges, quando este  lutava para que o referido fosse secretário da Saúde.
                                                                                                              Antonio Pereira dos Santos
                                                                                                                                             Junho/2014

terça-feira, 3 de junho de 2014

Esquema para derrubar o presidente da Câmara beneficia vereador do PT

Na sessão da última terça feira, 27/5, o vereador petista, Abelino Pereira de Souza, fez uso da tribuna para falar da sua alegria e contentamento com o sucesso da Caravana da Cultura que aconteceu no Bairro do Guatupê, reduto eleitoral do vereador. Agradeceu as presenças do deputado Leopoldo Meyer, do presidente da Câmara, Silvio Monteiro, dos vereadores que se fizeram presentes e, em especial, ao secretário da Cultura, Amarildo Rosa, que lhe proporcionou esta alegria.
               Seu deslumbramento chamou a atenção porque há um mês atrás, na sessão de 22/4, o vereador usou a mesma tribuna para reclamar que, a não ser serviços de manutenção, no Guatupê não acontece nada e chegou a questionar o prefeito se este bairro existe no mapa de obras do município. Tentando entender o porque deste mimo, procurei pessoas próximas de Setim e fui informado que Abelino é uma carta chave no jogo para derrubar Silvio Monteiro da presidência da Câmara, na próxima eleição.
               Explicaram que o prefeito imaginava que o vereador se contentaria com a direção do Hospital São José, dada ao seu "Estrela Guia", mas que as críticas ao "braço direito" da Dona Neide, parecer desfavorável a projetos da Educação e cobranças para o seu "curral eleitoral" fazer parte do mapa de obras da Prefeitura, levou Setim  a pensar novos tipos de apoio a Abelino. Brincaram que, por enquanto, o prefeito  dará circo, e mais tarde, se isto não for suficiente, dará um pouco de pão.
               Porque Setim quer derrubar Silvio Monteiro? - O vice-prefeito, Toninho da Farmácia, decidiu ser candidato a deputado estadual, na próxima eleição. Como é muito popular, deve fazer uma boa votação. Mas caso esta votação não seja suficiente, ele pode se eleger com os votos de Ratinho Júnior, como aconteceu com Luciano Ducci, ex-prefeito de Curitiba. Se isto acontecer, o vice-prefeito será o presidente da Câmara, hoje, Silvio Monteiro, que Setim o elegeu presidente, mas que não quer tê-lo ao seu lado.
               A principal razão é que Setim é o político do "tapinha nas costas". Conversa com todo mundo. Recebe quem quer que seja no seu gabinete e sem hora marcada. Atende pessoalmente todos os telefonemas, sem distinção de quem está telefonando. Para ser seu vice, os postulantes têm de ser super populares e simples. Chico Bührer e Toninho são exemplo, e o seu secretariado preparado para atender prontamente os munícipes que o procuram. Sílvio é o oposto a tudo isto.
               De movimentos contido e cercado por mais de uma dezena de assessores, Silvio  vive politicamente distanciado da população, semelhante a um estadista,  numa espécie de redoma de vidro, cujo acesso é vedado ao cidadão comum. Braço direito do deputado Nelson Justos, Silvio foi introduzido na política para negociar apoios de vereadores e prefeitos da  Região Metropolitana ao deputado. Daí a razão de ter sido preparado para ser uma espécie de "super estar" da política, que não veste o figurino de Setim.  
Antonio Pereira dos Santos

Junho/2014