Ela primeira vez o prefeito não
consegue eleger o presidente da Câmara, deixando de ter o Legislativo Municipal de cócoras, a serviço de seus
interesses. Seu candidato, contrariando todas as especulações e expectativas,
foi derrotado fragorosamente por 8 votos contra 13. Agora seus assessores
correm atrás do prejuízo, tentando identificar os vereadores ou vereadoras que
roeram a corda. A final, nas suas contas o candidato tinha como certo 11 votos
que, na votação minguaram para 8. Seria uma vitória apertada de apenas 1 voto,
porem suficiente para Setim continuar
mandando e desmandando na Câmara.
Como se trata de uma contagem
feita com base numa compra e venda de votos, a vitória era só uma questão de
contar os votos. Segundo Alberto Nogueira, do Blog do Bronca, Setim reservou
300 cargos comissionados para negociar com os vereadores e vereadoras a compra
de votos. Caso cada voto fosse cotado a 15 cargos e cada ocupante do cargo
tivesse de dar mil reais por mês para o vereador ou vereadora que o indicou,
cada vereador ou vereadora teria um ganho extra de R$ 15 mil por mês ou R$ 180 mil em um ano,
uma quantia difícil de ser recusada pela classe política. Daí a caçada aos traidores ou traidoras.
A vitória era tão certa que o
jornal Correio de Notícias, cujo proprietário ocupou cargo de relevância no
governo de Setim, em sua edição de 10/12, um dia antes da eleição, antecipo-se
em assegurar que Assis, o candidato do prefeito, era a bola da vez. Não era, como reconheceu na
edição de sexta feira, 12, noticiando na página 3 a reeleição do adversário de
Setim, Sylvio Monteiro. Mesmo assim cometeu mais uma gafe dizendo que Sylvio
foi eleito em 2013 com 2372 votos pelo Partido Solidariedade, quando na verdade
foi eleito em 2012 pelo DEM. Em 2013 foi criado o Solidariedade, em 19 de outubro daquele ano.
E Beto Richa vai eleger o presidente da
Assembleia Legislativa? Leia no próximo capítulo da série eleições 2014.
SJP/PR,
14 de dezembro de 2014
Antonio
Pereira dos Santos