sábado, 11 de junho de 2016

Proposta para tirar o Brasil da crise (Queda de Dilma e ascensão de Temer não resolverá o problema)



                Nas costas de Dilma, Temer chega ao topo do poder, puxado pelos 54 milhões de votos sufragados a ela e favorecido pelos problemas que ela passou a enfrentar, logo após o fechamento das urnas, como o uso de dinheiro da corrupção no financiamento da campanha, o uso de dinheiro dos bancos estatais a descoberto, para garantir os gastos com programas sociais, rombo bilionário no orçamento do país, medidas impopulares que, segundo disse, só seriam tomadas pelo seu adversário, e a maior crise econômica desde os tempos de Cabral, gerada pela contratação de Joaquim Levi, alto executivo do setor bancário, que colocou em prática uma política de aumento de impostos, aumento dos combustíveis e da energia elétrica e aumento da taxa de juros, que foi adotada pelos governadores e prefeitos, como na Paraná que o governador aumentou a alíquota do ICMS de 12% para 18%, sobre 95 mil itens de consumo e o IPVA em 40% e o prefeito de São José dos Pinhais, em quase 100% a taxa do lixo e do IPTU.
                Esta política levou as pessoas a gastarem mais com o pagamento de impostos, luz, combustíveis, água, gás, reduzindo o poder aquisitivo da população, que passou a comprar menos, reduzindo o consumo, o motor da economia. Como as empresas passaram a vender menos, a produção de bens e serviços foi desacelerando, reduzindo os postos de trabalho e provovendo o desemprego e o aumento da inflação, para compensar a queda nas vendas e cobrir a elevação dos custos com o aumento de impostos, dos preços administrados e da taxa de juros. Com mais pessoas desempregadas o consumo continuou caindo, as empresas produzindo menos, o desemprego aumentado, a inflação subindo, a receita do governo e da Previdência caindo e o rombo nas contas públicas se agigantando, pela queda na arrecadação e pela elevação da taxa de juros. Resultado: os bancos abocanharam mais de meio trilhão de reais em juros no ano passado e o Brasil continuou se afundando.
                Com o Brasil rumando ao abismo, como um caminhão sem freio na decida de uma serra, surge Temer, entre o temor e a esperança, depois de apunhalar as costas de quem o levou ao cargo supremo da nação, o qual elegeu como prioridade segurar este caminhão e inverter sua trajetória. Para esta missão contratou os serviços de Henrique Meireles, outro executivo do alto escalão do setor bancário e um especialista em operações financeiras, capaz de dar lucros bilionários a grupos que assessora, como os 15 bilhões de reais que o grupo que controla o Friboi faturou no ano passado, sob sua orientação, apostando na valorização do dólar. Resta saber se terá a mesma desenvoltura para tirar o Brasil da crise, mas pelo que disse na entrevista que deu ao Fantástico, em 8/5, deixou a impressão que não. Indagado a respeito, comparou a crise a um carro desgovernado que precisa fazer parar, aquele caminhão sem freio prestes a se espatifar em alguma curva da serra, que não tem como segurá-lo.
               CONCLUSÃO – Com esta resposta fica claro que Meireles não tem proposta para estancar a crise econômica que castiga o país e como não pretende baixar a taxa de juros e não descarta a volta da CPMF e o aumento de impostos, o Brasil continuará em queda livre até atingir o fundo do abismo. Lembre-se: país desempregado é país quebrado.
QUAL A SAIDA? – Para impedir que isto aconteça, só com o pagamento do Seguro Desemprego, retroativo a data que o trabalhador foi exonerado e no valor que  recebia, descontado o Imposto de Renda e a contribuição previdenciária para recompor o caixa da Previdência e ajudar na arrecadação do governo. Com esta medida a população desempregada voltará a consumir, as empresas a produzir e recontratar os funcionários que foram demitidos e a arrecadação da Previdência e do governo voltará a crescer. Para que todos os trabalhadores que foram demitidos, por conta da crise, sejam recontratados é necessário que o governo financie, a fundo perdido, a recuperação das empresas que fecharam, para voltarem a produzir e recontratar. Recontratado o trabalhador deixará de receber o benefício.
 HAVERÁ RECURSOS? - Esta foi a mesma pergunta que  me fiz quando dava aula, na década de 90, ao pensar numa espécie de salário aos alunos, para combater  a indisciplina na sala de aula e melhorar o ensino aprendizagem. Os alunos que prestassem atenção nas aulas, estudassem em casa e tirassem boas notas teriam direito ao benefício. Para minha surpresa os recursos existiam, tanto que Fernando Henrique, um ano depois, criou a Bolsa Escola, que Lula transformou em Bolsa Família, mas o dinheiro foi dado para os pais, em troca de mandarem os filhos para a escola, quando deveria ser dado para o aluno em troca de dedicação ao estudo, agravando o problema da disciplina e a qualidade do ensino aprendizagem, porque o aluno passou a ir forçado para a escola. A qualidade do ensino público só vai melhor quando o aluno for pago para estudar. A Bolsa Escola e depois a Bolsa Família foi a grande oportunidade que se perdeu, mas que ainda pode ser revista. Basta vontade política.
Quanto o pagamento do Seguro Desemprego Pleno, no primeiro momento, talvez, o país tenha até que fazer um empréstimo no Banco Mundial, enquanto o governo cobra bilhões de reais em impostos, devidos por grandes grupos econômicos, faz a repatriação de outros bilhões enviados ilegalmente para o exterior, cobra a devolução de outros bilhões repassados em aditivos à grandes empreiteiras, financiadoras de campanhas eleitorais, reduz os repasses bilionários aos poderes Legislativo e Judiciário, acaba com as mordomias escandalosas de ministros, desembargadores, juízes, promotores e  políticos e reduz drasticamente o tamanho do Estado.
TIRIRICA – Quando disse que com ele o Congresso não ia ficar pior do que estava, tinha razão. Em segundo mandato só propôs dois projetos em favor da atividade circense, e nem estes  conseguiu aprovar. Disse no programa do Jô Soares, de 26/5, que imaginava que um milhão e trezentos mil votos que teve, tivesse mais valor que o voto de quem recebeu trinta mil, mas se enganou. Temer na Presidência da República é muito diferente de Tiririca no Congresso. Com Temer o Brasil continuará se afundando e com Tiririca o Congresso continuará como está.

LIÇÃO A SER ASSIMILADA – Para que outras crises não surjam, tendo como causa o financiamento de campanhas eleitorais, o povo brasileiro precisa se conscientizar que não deve votar em candidatos de campanhas milionárias, porque por trás dessas campanhas sempre há uma máquina para alimentá-las com dinheiro dos cofres públicos, que pode ser uma Prefeitura, uma Câmara Municipal, um Governo Estadual, uma Assembleia Legislativa, o Governo Federal e o Congresso, nos mais variados esquemas de desvios, que costumam deixar rombos bilionários nas contas públicas, os quais são tampados com aumento de impostos, aumento dos preços de serviços essenciais, como luz, água, gás, combustíveis,  transporte e aumento da taxa de juros, gerando crises que impõem pesados sacrifícios à população, a exemplo da crise que estamos vivendo hoje.
Com o controle de uma destas máquinas, os candidatos têm a sua disposição  telefone, computadores, internet, carro, combustíveis, luz, materiais de divulgação funcionários, cargos para cabos eleitorais, salário generoso pelo cargo que ocupam, assessores e uma estrutura para superfaturarem obras e aquisições de bens e serviços, em troca de propinas para eles e para suas campanhas,  para fazerem assistencialismo em troca de votos, quando este serviço é um  direito do cidadão, e para se promoverem em jornais, rádios e televisão, bancados com dinheiro da máquina, enquanto os demais, raramente são   citados e quando são é  para serem criticados. Não é atoa que estão  sempre em evidência na mídia  e nos horários de propaganda eleitoral, e são só eles que se elegem.
Em São José dos Pinhais, Paraná, são dez os prováveis candidatos a prefeito, mas apenas o prefeito, o vice-prefeito, o secretário de esportes e um deputado federal são destaques permanentes nos jornais da cidade, bancados pela Prefeitura. O presidente da Câmara Municipal que também é pré-candidato e tem duas máquinas, a Câmara e a Assembleia Legislativa, raramente é citado e na maioria das vezes para ser criticado, porque é oposição e porque a Câmara Municipal não pode gastar com publicidade nesses jornais. Entretanto, há quase dois anos está em campanha, percorrendo o município em visita aos munícipes, porque é dono de um polpudo salário, conta com um elevado número de assessores e com o aparelhamento da Câmara, tais como telefone, internet, entre tantos outros.
Por esta razão, nesta campanha e nas próximas, lembre-se: não devo votar em candidatos de campanhas milionárias. Devo escolher um dentre aqueles de campanhas fracas, segundo princípios morais e religiosos, para que Deus Todo Poderoso o ilumine no caminho da justiça e da honestidade.  

    
 À LUTA POVO BRASILEIRO – Ajude a compartilhar esta proposta com os milhões de desempregados para que façam uma profunda reflexão e lutem, porque pelo receituário clássico da economia, o país levará décadas para se recuperar. Segundo João Morais, economista da Tendência Consultoria, somente a venda de veículos levará 10 anos para voltar ao que era antes da crise. O Brasil tem todas as condições de financiar a retomada do seu desenvolvimento. Basta que o povo vá à luta.