Desde
que assumiu, há 1 ano, 4 meses e 14 dias, Toninho só fala de crise, provocada
pela queda na arrecadação. A primeira reunião de trabalho, realizada em 2/1/2017
foi para anunciar a crise, através de jornais que prestam serviços à
Prefeitura. A segunda, em 19/1/2017, foi para pedir aos secretários austeridade
nos gastos, os quais, em 30/1/2017, congelou
em 90%. Em 2/2/2107 participou da primeira sessão da Câmara, para pedir o apoio
dos vereadores para superar a crise. Visitou todas as unidades de saúde e
promoveu audiências públicas em todos os bairros do município para falar da
crise. Enfim, passou 2017 só falando da crise, segundo ele, a maior da história
do município.
Fechado
o Balanço de 2017, a arrecadação não caiu e o congelamento não houve. Estava
prevista para o ano, uma arrecadação de 909,5 milhões de reais (R$
909.587.124,00) e uma despesa de igual montante, mas foram arrecadados 955,2
milhões de reais (R$ 955.244.064,17) e
gastos, também, 955,2 milhões, segundo o Balanço Orçamentário, Anexo I, Receita
e Despesa. Em nome desta crise que não houve, Toninho fechou a UPA Rui Barbosa,
fechou vários postos de saúde, reduziu o porte do Hospital e Maternidade São
José, de 3 para 2, fechou o Hospital Atílio Talamini, cortou remédios, exames,
dietas e até o serviço de roçadas, deixando mais de uma centena de pais de
família desempregados.
Entrou
em 2018 falando desta crise. Na primeira reunião com os secretários, realizada
em 15/2, Toninho cobrou deles contenção de gastos. Segundo a nota divulgada nos
jornais que prestam serviços à Prefeitura, a queda da arrecadação, neste ano,
deve ser de R$ 70 milhões de reais. Daí, segundo ele, a necessidade do empenho
de todos os secretários na contenção de despesas, para que se possa atravessar
mais este ano difícil, mantendo os serviços e melhorando a qualidade, sem
prejudicar o atendimento à População. Se esta contenção de despesas for somente
para quem depende da Saúde e de trabalho, a melhoria será para pior, como
aconteceu em 2017, um ano que a população pagou muito caro.
Em
2/5, Toninho se reuniu com representantes da Associação Comercial do Paraná e
da Aciap, com o objetivo de promover uma campanha do Dia das Mães, para
incentivar o comércio e a economia local. A crise foi a tônica da conversa. Em
sua fala, Toninho disse: “São José dos Pinhais teve uma queda considerável em
arrecadação de ICMS devido à crise nacional. A economia do município provém da
indústria automotiva, e esse é o setor que mais sofreu com a crise”. No mesmo
dia o jornal Correio Paranaense noticiou que as vendas de veículos cresceram
38,5% em abril e 21,3%, no acumulado do ano. Se a economia do município se
mantém deste setor, a queda da arrecadação, ao invés de cair deve aumentar.
CONCLUSÃO –
Pelo que se observa, a queda na arrecadação tem sido um pretexto para cortar
gastos em setores vitais para a população. Nesta semana, Toninho deixou mais
algumas dezenas de pais de família sem emprego. Na edição Nº 4.716, de 11/5, o jornal
Tribuna de São José, com mais de meio século de história, cujo proprietário,
Senhor Elon Bonin, é profundo conhecer da Administração Municipal, fez duras
críticas ao Prefeito. A seguir trechos da crítica:
O Jornal também questiona Ronaldo Vaccari,
conhecido como 22º vereador, que anda sumido da Câmara
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